Quanto
mais leio os textos desse blogue, tanto mais observo quão grande é a minha ignorância
religiosa e a de muitas pessoas que se arrogam o epíteto de tradicionalistas. Vivemos
obtusos sob a guarida de teses
preconcebidas. Julgamos estar certos, quando verdadeiramente estamos errados. Circularmente
errados. E como é difícil sair de nossos círculos. Círculos com janelas trancadas
de pequenas frestas, que apenas nos permitem respirar e ver tão parvamente (por nossa própria culpa) a diversa,
a belíssima e a frutuosa realidade dogmática, litúrgica e canônica da Santa
Mãe Igreja.
Quando
comecei a ler esse blogue, os textos não aparentavam para mim mais que
elucubrações de alucinados e deslumbrados; eu estava visceralmente tomado por
todo e qualquer preconceito contra o sedevacantismo e os seus defensores. Quantos
apodos! Afinal, eu vivia em um círculo... Como são perigosos os círculos de
pensamento e de conduta; e tanto mais perigosos quanto mais assemelhados com autoridade.
E hoje eles se difundem virtualmente na internet... Se não for a infinita
misericórdia e bondade divinas, corremos o sério risco de passar toda a vida no
erro e na escuridão e lutar contra a verdade pensando estar lutando por e com ela.
Haja boa fé!
Enfim,
um dos pontos marcantes encontrados em não poucos textos ali postados,
sobretudo os dos padres Belmont e Cekada e dos ilustres leigos Daly e Lane, é
que o estudo profundo e assíduo em busca da verdade teológica etc. impulsiona
necessariamente (ou vai conjuntamente) para uma conclusão prática: tratar os que
se opõem ao ou rejeitam o sedevacantismo com caridade, paciência e misericórdia.
É o desejo de aclarear a verdade, dispensando a disputa infecunda e inútil:
“Evitar uma disputa é uma marca de honra; somente os tontos insistem nas
disputas” (Provérbios, 20, 3).
Como
eu fui bem tratado por estes autores em muitos de seus textos! Foi difícil
superar as barreiras da minha miséria intelectual e de querer; contudo, superadas
muitas destas, a inteligência começa a se adequar à verdade exposta nestes
textos. Tudo fica claro e certo. É impressionante! “Dura veritas, sed veritas!”
- “Ubi veritas, Deus ibi est!”
Muito obrigado,
Felipe Coelho!