segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

282ª Nota - Acies Ordinata


Quanto mais leio os textos desse blogue, tanto mais observo quão grande é a minha ignorância religiosa e a de muitas pessoas que se arrogam o epíteto de tradicionalistas. Vivemos obtusos sob a guarida de teses preconcebidas. Julgamos estar certos, quando verdadeiramente estamos errados. Circularmente errados. E como é difícil sair de nossos círculos. Círculos com janelas trancadas de pequenas frestas, que apenas nos permitem respirar e ver tão parvamente (por nossa própria culpa) a diversa, a belíssima e a frutuosa realidade dogmática, litúrgica e canônica da Santa Mãe Igreja.
Quando comecei a ler esse blogue, os textos não aparentavam para mim mais que elucubrações de alucinados e deslumbrados; eu estava visceralmente tomado por todo e qualquer preconceito contra o sedevacantismo e os seus defensores. Quantos apodos! Afinal, eu vivia em um círculo... Como são perigosos os círculos de pensamento e de conduta; e tanto mais perigosos quanto mais assemelhados com autoridade. E hoje eles se difundem virtualmente na internet... Se não for a infinita misericórdia e bondade divinas, corremos o sério risco de passar toda a vida no erro e na escuridão e lutar contra a verdade pensando estar lutando por e com ela. Haja boa fé!
Enfim, um dos pontos marcantes encontrados em não poucos textos ali postados, sobretudo os dos padres Belmont e Cekada e dos ilustres leigos Daly e Lane, é que o estudo profundo e assíduo em busca da verdade teológica etc. impulsiona necessariamente (ou vai conjuntamente) para uma conclusão prática: tratar os que se opõem ao ou rejeitam o sedevacantismo com caridade, paciência e misericórdia. É o desejo de aclarear a verdade, dispensando a disputa infecunda e inútil: “Evitar uma disputa é uma marca de honra; somente os tontos insistem nas disputas” (Provérbios, 20, 3).
Como eu fui bem tratado por estes autores em muitos de seus textos! Foi difícil superar as barreiras da minha miséria intelectual e de querer; contudo, superadas muitas destas, a inteligência começa a se adequar à verdade exposta nestes textos. Tudo fica claro e certo. É impressionante! “Dura veritas, sed veritas!” - “Ubi veritas, Deus ibi est!”
Muito obrigado, Felipe Coelho!